segunda-feira, 6 de novembro de 2017

ÈWÉ BEJEREKUN

Nome popular: Pindaíba, Nomes Populares: Pindaíba, Pindaíva, Pindaúva, Pindabuna, Perovana, Pindabuna, Pinda-Ubana, Cortiça, Corticeira, Duguetia-Pindaíba e Biribá.
Nome científico: Duguetia lanceolata (sinonímia: Aberemoa lanceolata).
ÒRÍSÁ: Esù e Ossayin.
Origem: Regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul do Brasil.
Árvore que pode atingir até 20 m de altura, tronco com casca rugosa de coloração castanho-acinzentada. Folhas verde-amareladas, brilhantes. Flores avermelhadas no botão, róseo-esbranquiçadas posteriormente. Floresce de outubro a novembro.
Com este mesmo nome – pindaíba -, são conhecidos, no Brasil, tipos bastante diferentes de plantas dessa família botânica. Além da pindaíba aqui apresentada, cujo nome científico é Duguetia lanceolata, várias outras p antas brasileiras da mesma família são popularmente denominadas como pindaíbas.

No entanto, os frutos da pindaíba vermelha, da pindaíba reta, da pindaíbado-brejo e da pindaíba d’água, por exemplo, não apresentam a forma de “pinhas”, lembrando mais o formato dos frutos da pimenta-de-macaco.
Ao contrário, esta pindaíba constitui-se em fruto de forma e tamanho semelhantes aos da própria ata, pinha ou fruta-do-conde, a Anona squamosa. Seus frutos, que guardam a aparência externa característica daqueles, no entanto, não se confundem. Também quem já viu a árvore alta e esbelta da pindaíba sabe que trata-se de espécie distinta.
A pindaíba é fruta de aparência rústica, muito bonita e especial: à medida que vai amadurecendo, sua coloração verde adquire matizes de vermelho, até ficar completamente tomada por uma cor de sangue, violácea.
Conta-se que, no interior de São Paulo, os frutos da pindaíba davam água na boca às crianças que esperavam, ansiosamente, a volta dos adultos, pais e parentes, das incursões nos matos de onde os traziam.
Isto porque quem já chupou a polpa róseo-averme lhada que envolve suas sementes conta que, muitas vezes, ela é mais saborosa do que a própria pinha comum, embora bem mais fina e pouco volumosa.
Presume-se que a origem da expressão “estar na pindaíba” esteja, talvez, ligada ao fato da polpa da fruta ser muito fina e sem substância: diz-se de uma pessoa que ela “está na pindaíba” quando ela se encontra tão sem recursos que não tem outra alternativa senão alimentar-se dos frutos da pindaíba, mesmo sabendo que esta lhe oferecerá pouco alimento.
Natural das regiões Centro-Oeste, Sul e Sudeste do Brasil onde era muito comum, a pindaíba ocorre principalmente nas florestas de altitude e na mata pluvial atlântico, assim como suas parentes homônimas.
No entanto, cada vez menos freqüente nessas matas, a pindaíba é, hoje, uma bela delícia vermelha que está se acabando.




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