ÈWÉ
ÌPÈSÁN
Nomes Populares: Carrapeta, Jitó,
Carrapeta-verdadeira, Carrapeteira.
Nomes Científicos: Guarea guidonia (L.) Sleumer., Mellaceae; Guarea trichilloides L.; Guarea aubletil Juss.; Guarea surinamensis Miq.; Guarea guara Wilson; Trichila guara L.
Orisá: Sangô.
Elementos: Fogo/masculine.
Planta brasileira que ocorre com frequência do Norte ao Sudeste do Brasil, podendo ser encontrada na região Sul, Guianas, Antilhas e países da América Central.
Essa árvore pertence a Xangô, e suas
folhas são utilizadas em banhos de iniciação, proteção e prosperidade. Os
galhos são utilizados em sacudimentos.
Os cubanos usam as folhas dessa árvore,
juntamente com milho vermelho, benjoim, casca de ovo e pedra imã, para preparar
um pó de atração que é soprado dentro de casa com a finalidade de chamar
dinheiro. Com um pedaço da casca do tronco, um ovo e vinho seco dentro de um
recipiente, fazem também um sortilégio para que um amante ou pessoa ausente
retorne ao lar. Utilizam, ainda, esse vegetal para rogar a Sangô, em época de
seca, para que chova, ou para que esse Orisá fulmine com seus raios um inimigo.
É comum, nas casas-de-santo cubanas, ter na entrada principal esta árvore
plantada, pois acreditam que ela tem o poder de barrar todas as demandas
O ìpèsán é louvado nos cânticos
dedicados a Ossayim, no ritual da sasányìn, como a árvore que deixou de ter
frutos quando as feiticeiras nela pousaram, isto é, negou os seus frutos aos
“pássaros negros”. Assim se explica o fato dela ser considerada poderosa
protetora contra feitiço, pois sobre ela as entidades maléficas não encontraram
abrigo.
Empregada como fitoterápica, a
carrapeta combate febre, tosse, gota, afecções sifilíticas e conjuntivite;
porém, é “considerada abortiva quando empregada em fortes doses” (Guimarães
& Mautone & Rizzini & Mattos filho 1993:53), pois tem ação direta sobre
o útero. Em doses elevadas é tóxica, e coloca em risco a saúde.
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