sábado, 5 de outubro de 2019

EWE ETÁBA ou ASÁ

EWE ETÁBA ou ASÁ

Nomes Populares: Tabaco, Fumo.
Nomes Científicos: Nicotiana tabacum L., Solanaceae; Tabacum nicotianum Bercht. et Opiz.; Nicotiana macrophylla Spreng.
Orixá: Oxalá.
Elementos: Ar/feminino
Planta nativa do Brasil, encontrada nas Américas do Sul e Central. Cultivada em Cuba e na Bahia com fins comerciais. Levada para a África na época das colônias, o fumo produzido de suas folhas era utilizado em escambos ou trocado por escravos.
Nos candomblés, a folha de fumo entra nos rituais de iniciação e no àgbo dos filhos-de-santo devotos de Oxoguian (tipo de Oxalá novo e guerreiro). O fumo-de-rolo é utilizado em diversas oferendas para Odu, Ossaim, Exu, caboclos, pretos-velhos e voduns. Os charutos são muito apreciados por Exus e Pombas-giras nos centros de umbanda.
Na África, os iorubás conhecem este vegetal pelos nomes tábà ou tábà èsù (Verger 1995:700).
Embora muito combatido nos dias atuais, segundo Cruz (1982:362), "o fumo é, inquestionavelmente, planta energética no tratamento de várias afecções, pelo que chegou a ter o nome de erva santa. Hoje é empregado com cautela, nos casos de tétanos, e como parasiticida; com ou sem razão, tem sido aconselhado para fumar-se em certos casos de afecções cardíacas; nas odontolgias é eficaz. Sua maior importância é pelo lado industrial, para fabricação de charutos, cigarros e rapé, e para mascar".
Na lavoura, o fumo de rolo em infusão é utilizado como defensivo natural no combate a algumas pragas.
Existem mais de 60 espécies do tabaco, no entanto, apenas a nicotiana tabacum sintetiza a nicotina, um alcaloide que estimula a síntese de dopamina no cérebro, provocando uma sensação de bem estar.
Propriedades e benefícios
Os princípios ativos do tabaco incluem a nicotina, cotinina, miosmina, nicotirina, anabasina e nicotelina. Além disso, nesta planta também são encontradas várias outras substâncias, dentre as quais estão algumas muito tóxicas, como a terebentina, o formol, amônia e naftalina.
O tabaco é uma planta bastante controversa e polêmica: no passado, acreditava-se que o tabaco era um ótimo remédio para muitas doenças, dentre as quais estão as dores de cabeça, males do estômago, úlceras, enxaqueca, gengivite e dor de dente. No entanto, a partir do século XVII, esta planta começou a receber críticas e, em meados do século XX, algumas pesquisas científicas comprovaram que o tabaco provoca câncer.
No contato dos colonizadores portugueses com os indígenas brasileiros, os primeiros aprenderam a usar a planta como cicatrizante de feridas e como fumo para espantar o tédio. Em Portugal, a planta passou a ser chamada de “erva santa” ou “erva das índias”, devido às suas propriedades medicinais, como anti-inflamatória, antiparasitária, hipertensora, narcótica, sedativa, vermífuga e inseticida.
Embora tenha sido usada para tratar doenças no passado, a eficácia de seu uso medicinal ainda não comprovada. Nos últimos anos, pesquisadores israelenses modificaram geneticamente o tabaco e, a partir dele, criaram a artemisinina, uma droga que age rapidamente contra a malária.
Modos de usar o tabaco
As formas de uso mais comum do tabaco são fumá-lo ou inalá-lo através de cigarro, charuto, cachimbo e rapé. A infusão de suas folhas pode ser usada externamente para tratar sarna, piolhos, carrapatos, dores de dente e picada de insetos.
Contraindicações e efeitos colaterais
O tabaco é contraindicado para crianças, gestantes e nutrizes. O consumo da planta na forma de cigarro pode causar várias doenças, como câncer, enfisema pulmonar, infecção das vias respiratórias e pneumonia.
Quando utilizado em altas doses, pode reduzir a pressão arterial, causar tremores nas mãos, cefaleia, tontura, fraqueza nas pernas, perda de apetite, salivação, espamas, dores do peito, problemas na digestão, náusea, diarreia, vômitos e falência cardiorrespitatória.



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